Por Mauro Mueller / Quantum Dox
Giordano Bruno foi um pensador do Século XVI, que nasceu na Itália, entrou num convento aos 17 anos de idade, foi criador da chamada filosofia Nolana (por causa da sua cidade natal, Nola) e uma de suas paixões era estudar astronomia e defendia teorias que, para a época, eram consideradas heresias pela Igreja Católica.
Ele declarou que o centro do universo era o sol e que as galáxias eram infinitas, com vários sois, porque ele acreditava que Deus criador de todas as coisas era infinito. Acreditava que a alma transitava pelas formas de vida e poderia ser gente, animal, plantas e até pedras. Acreditava em reencarnação e defendia que a alma transitava nos corpos reencarnados, de acordo com a sua evolução. Ela poderia reencarnar um cão, uma árvore, uma pessoa, dependendo do seu comportamento na terra. Teve que fugir do convento onde estudava, porque foram encontrados consigo livros considerados proibidos pra época. Um dos autores encontrados em seu quarto foi Erasmo de Roterdã.
Foi excomungado pelas Igrejas Católica e depois, pela Luterana. Trabalhou como uma espécie de treinador de memória para um mestre moquenigo (que trabalhava com a memória para guardar documentos, histórias e relatos), um nobre de Veneza, que o entregou para a Inquisição.
Bruno acreditava na pluralidade dos mundos e a sua concepção de alma lhe causou problemas com a Igreja. Foi preso e, contra ele, foram feitas mais de 50 acusações, sendo 14 heresias contra a Igreja, mas foi jugado pela Inquisição por estas duas, sobre a pluralidade de mundos e da concepção da alma, foram consideradas as mais “graves” e se ele as retirasse, se retratasse e prometesse nunca mais divulgar suas teorias, seria perdoado.
Ele estava quase aceitando a sua punição, mas em dado momento do julgamento se irritou, confirmando as suas teorias, dizendo que não retiraria tudo o que divulgava e que não voltaria atrás. No ano 1600, foi condenado a morte e, ao contrário do que se pensa, dos 189 condenados em 5 anos pela Inquisição, durante o reinado do Imperador Ferdinando Taverna de Roma, apenas dois foram queimados em público. Um deles foi Giordano Bruno. Todos os outros foram enforcados.