Por Mauro Mueller / Quantum Dox
Muitos estudiosos afirmam que Jesus de Nazaré, quando desapareceu da história conhecida após os 13 anos de idade, teria, na verdade, viajado para a Índia, China, Pérsia e Tibete, em busca de aprendizado com as filosofias e doutrinas do budismo — uma tradição espiritual e filosófica — e também do hinduísmo, um sistema abrangente de crenças e religiões que crê na existência de um ser supremo.
A Bíblia não relata o que aconteceu nos chamados “anos perdidos” da vida de Jesus, o que abre margem para especulações. É possível imaginar que, durante esse período de aproximadamente dezessete anos, Jesus tenha realmente se aprofundado em diversos conhecimentos, tanto do Oriente quanto do Ocidente. As falas atribuídas a ele e suas atitudes sugerem influências de ensinamentos orientais. No entanto, nada pode ser afirmado com certeza.
Outra hipótese recorrente é de que Jesus tenha convivido durante algum tempo com os essênios — um grupo autônomo, asséptico, apocalíptico e messiânico de estudiosos que existiu entre os séculos II a.C. e I d.C. Eles viviam em Qumran, na Palestina, e seguiam regras rigorosas de alimentação, conduta e vida comunitária. Para fazer parte da comunidade, era necessário abrir mão de todos os bens materiais, inclusive roupas, e viver de forma simples, com foco na ajuda mútua e no estudo. Em suas reuniões, dedicavam-se ao estudo e à interpretação da Torá.
Historiadores relatam que a irmandade essênia era extremamente organizada, fechada e não frequentava o Templo de Jerusalém. Seus membros eram vegetarianos, realizavam banhos rituais antes das refeições e acreditavam que a natureza e os seres vivos representavam o verdadeiro templo de Deus. O grupo foi dissolvido por volta do ano 68 d.C.
Se Jesus de Nazaré bebeu da fonte dos essênios ou se viajou até o Tibete para enriquecer seus conhecimentos, não se pode afirmar com precisão. A vida e obra de Jesus, conforme registrada nos textos do Novo Testamento e em outras fontes históricas acessíveis à humanidade, concentram-se em suas peregrinações, sobretudo pela Galileia e pela Judeia.
Existe um documentário chamado Os Anos Perdidos de Jesus, que explora justamente essa hipótese e estabelece possíveis ligações entre Jesus e o Tibete. Segundo o filme, antes de começar a pregar e realizar feitos notáveis — e antes de ser condenado pelos judeus e pelo Império Romano —, Jesus teria vivido entre mestres budistas, que o chamavam de “São Issa”. O documentário se baseia no livro homônimo de Nicolas Notovitch, que afirma ter encontrado um manuscrito com essa história.
O suposto achado histórico, porém, permanece envolto em controvérsias e é amplamente refutado por importantes estudiosos. O orientalista Max Müller afirmou que o lama-chefe do mosteiro de Himis, onde Notovitch disse ter encontrado o texto, negou que qualquer ocidental tivesse passado por lá nos anos mencionados, e que o mosteiro não possuía nenhum documento sobre essa história. Bart Ehrman, renomado especialista em Novo Testamento, classificou Notovitch como um charlatão, alegando que sua descoberta não passa de uma farsa.
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